Saiba como escolher um cirurgião cardiovascular
O cirurgião cardiovascular é o profissional qualificado para realizar diversos tipos de procedimentos cirúrgicos no coração. Isso inclui a cirurgia de revascularização do miocárdio, popularmente conhecida como ponte de safena, transplante cardíaco, cirurgias das válvulas cardíacas e da aorta, entre outros.
Escolher um especialista qualificado é indispensável para o encaminhamento adequado do tratamento cardíaco, especialmente quando envolve a realização de procedimentos cirúrgicos de alta complexidade.
Quando buscar por um cirurgião cardiovascular?
O cirurgião cardiovascular pode ser necessário em diferentes contextos para restaurar a saúde cardíaca do paciente e, assim, promover não apenas sobrevida como também a melhora geral da qualidade de vida.
Esse profissional pode ser acionado em quadros como de cardiopatias congênitas (alterações anatômicas no coração desde o nascimento), doenças das artérias coronarianas, da aorta, das válvulas cardíacas, além dos casos de insuficiência cardíaca.
Geralmente, o diagnóstico dessas condições é feito com base em exames, ou na presença de sintomas de doenças cardíacas, que incluem:
- Cansaço persistente;
- Dor ou aperto no peito;
- Falta de ar;
- Tonturas e desmaios;
- Palpitação ou sensação de coração acelerado;
- Alterações nas extremidades, como inchaço;
- Desconforto digestivo.
Dada a recorrência e letalidade das doenças coronárias, a indicação é que todas as pessoas que não apresentam sintomas, iniciem exames cardiológicos regulares a partir dos 35 anos, especialmente se tiverem um estilo de vida sedentário. Porém, se houver um histórico de doenças cardíacas na família, é aconselhável começar o acompanhamento já aos 30 anos.
Na mulher, a menopausa pode aumentar o risco de problemas cardíacos. Assim, durante e após essa fase, é importante um acompanhamento cardiológico mais atento e rigoroso.
Além disso, ao apresentar algum dos sintomas listados, especialmente se combinados, demanda a assistência urgente de um cirurgião cardiovascular.
Qual a importância da escolha de um bom cirurgião cardiovascular?
Uma das principais dúvidas de pacientes de diferentes faixas etárias é quanto à escolha do cirurgião cardiovascular que dará encaminhamento ao caso.
A escolha de um bom cirurgião cardiovascular é decisiva na condução do tratamento, influenciando aspectos como:
- Diagnóstico correto e/ou segunda opinião sobre a doença apresentada;
- Competência técnico-científica para definição do tratamento mais promissor;
- Indicação cirúrgica apropriada;
- Clareza e objetividade na explicação do caso, com linguagem acessível ao paciente e familiares;
- Esclarecimento de dúvidas com atenção empática e humanizada às necessidades individuais do paciente;
- Condução ética do tratamento cirúrgico;
- Amplo suporte pós-operatório.
Assim, um bom cirurgião cardiovascular é aquele que tem domínio das condutas técnicas e científicas para orientar as decisões médicas do caso, mas também o profissional que busca exercer a atividade comprometido com o bem-estar do paciente.
É sabido que uma assistência médica mais humanizada, empática, ética e com boa comunicação entre médico e paciente influencia positivamente o tratamento, inclusive pela adesão do paciente às condutas necessárias à sua melhora.
Ao ser envolvido no próprio tratamento pela condução amigável e humana do médico, o paciente se vê como protagonista da própria saúde, o que é determinante na condução do caso.
A mudança comportamental é de grande relevância, uma vez que a saúde cardíaca depende de diferentes hábitos, como interromper o tabagismo e consumo de álcool, praticar atividades físicas (ou fazer repouso), manter uma alimentação saudável e, claro, tomar a medicação prescrita corretamente.
Como escolher um cirurgião cardiovascular?
Considerando a importância de escolher um bom cirurgião cardiovascular existem diferentes aspectos que devem ser observados pelo paciente e familiares no momento de escolha do profissional.
Formação
O primeiro critério a ser avaliado refere-se à formação do profissional que deve ser graduado em Medicina em instituição reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação) e ter residência ou especialização em Cirurgia Cardiovascular, em centros reconhecidos pela SBCCV e MEC.
Registros (CRM, RQE)
É indispensável que o médico tenha autorização para atuar na área, o que pode ser conferido por meio do registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
No caso do cirurgião cardiovascular ele também precisa do Registro de Qualificação de Especialidade (RQE), que atesta a formação em Cirurgia Cardiovascular junto ao Conselho Regional de Medicina.
Confira se existem estes registros referentes à atuação do médico especialista no estado em que o mesmo realiza o tratamento.
Certificações
Após a graduação e residência ou especialização, o médico já se qualifica como cirurgião cardiovascular, podendo conduzir cirurgias cardíacas. Entretanto, como em outras áreas, o especialista pode buscar aprimoramento profissional por meio de certificações adicionais referentes à área de atuação.
As certificações consistem em um bom parâmetro para avaliar o nível de especialidade, qualificação e experiência do cirurgião cardiovascular em determinados procedimentos.
Referências
Alguns profissionais destacam-se em sua área de atuação, devido à formação ou atuação, tornando-se referências para outros profissionais.
Assim, busque referências do profissional na comunidade médica, incluindo contribuições dele ao desenvolvimento científico por meio de publicações acadêmicas.
Recomendações
Atualmente, devido à internet, tornou-se mais fácil buscar recomendações de profissionais com outros pacientes.
Ao escolher um cirurgião cardiovascular pesquise comentários quanto à avaliação do profissional, observando os itens destacados por pacientes anteriores.
Experiência profissional
A experiência profissional pode ser averiguada por diferentes variáveis, como tempo de exercício da especialidade médica, posição de gestor do profissional em instituições de saúde, certificações complementares à formação básica, participações em eventos da área e outras.
Empatia e comunicação do cirurgião
Como visto inicialmente, o relacionamento entre médico e paciente é importante no sucesso do tratamento, o que depende de aspectos como empatia e boa comunicação por parte do profissional.
Essas características contribuem para que as consultas sejam mais claras, com esclarecimento de dúvidas, exposição do problema e até encaminhamento para o tratamento adequado.
O paciente compreender a doença que o acomete, quais são as opções de tratamento e prognósticos possíveis é indispensável para melhor arbítrio sobre a própria saúde.
Ética
A condução ética do caso é indispensável no exercício da Medicina. Nesse sentido, o especialista deve, por exemplo, ser honesto quanto aos riscos dos procedimentos cirúrgicos e desfechos possíveis.
Além disso, a condução do caso deve ser sigilosa, contemplando apenas aqueles nomeados pelo paciente.
Quais são os cuidados após a escolha do cirurgião?
Ao escolher um cirurgião cardiovascular o paciente desenvolverá o relacionamento com o profissional em diferentes circunstâncias, razão pela qual essa avaliação prévia é tão importante.
Os cuidados incluem:
- Consulta inicial: esta é a primeira conversa que o paciente tem com o profissional de saúde. É importante que o paciente confie no médico para que possa compartilhar abertamente informações sobre seu histórico médico pessoal e familiar, seus hábitos e estilo de vida, além de quaisquer sintomas que possa estar sentindo.
- Diagnóstico: definição clara da patologia de acordo com os achados da anamnese e de resultados de exames, sendo crucial que o médico explique claramente ao paciente o que é a doença, quais são as causas, como influencia a rotina, opções de tratamentos e possíveis desfechos de cada opção;
- Tratamento: refere-se à condução do tratamento médico em si, com acompanhamento regular posterior, seja em casos cirúrgicos ou medicamentosos;
- Cuidados pré e pós-cirúrgicos: refere-se às orientações do médico para antes e depois da cirurgia cardíaca e inclui desde observações mais específicas do procedimento, como jejum, medicações que podem ser tomadas, etc, como hábitos, como alimentação, repouso, etc.
- Monitoramento: todo paciente cardíaco deverá ter o quadro averiguado periodicamente após tratamento cirúrgico.
Portanto, a relação entre o cirurgião cardiovascular e o paciente se estende em diferentes momentos, não se limitando ao tratamento cardíaco, o que torna ainda mais importante a escolha de um profissional qualificado e humano.
Conheça o Dr. Fernando Figueira
Formado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco em 2005, Dr. Fernando completou residências em Cirurgia Geral e Cirurgia Cardiovascular. Desde então, acumulou quase 20 anos de experiência, participando de milhares de procedimentos cardiovasculares, que vão dos mais simples aos mais complexos.
Ele buscou aprimorar seus conhecimentos e técnicas através de estágios internacionais, focados em cirurgias coronarianas e patologias valvares e aortas.
No Brasil, além da prática clínica diária, o Dr. Fernando teve participação ativa no ensino e pesquisa como Superintendente de Ensino e Pesquisa do IMIP, onde também foi Chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular.
É membro de importantes associações como a EACTS (European Association for Cardio-Thoracic Surgery), STS (The Society of Thoracic Surgeons), e a SBCCV (Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular). Além disso, serviu como Presidente do DECAM e é Consultor Técnico do Sistema Nacional de Transplante.
O Dr. Fernando também tem um MBA em Gestão Executiva em Saúde pelo INSPER / Einstein e está atualmente cursando Doutorado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Essas qualificações e experiências sólidas fazem do Dr. Fernando Figueira uma referência em cirurgia cardiovascular, com atendimento humanizado e focado no bem-estar do paciente.
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